quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Algumas técnicas para melhorar a atenção e memória sustentadas

Algumas técnicas para melhorar a atenção e memória sustentadas


1 – Quando o professor der alguma instrução, pedir ao aluno para repetir as instruções ou compartilhar com um amigo antes de começar as tarefas.
2 – Quando o aluno desempenhar a tarefa solicitada ofereça sempre um feedback positivo (reforço) através de pequenos elogios e prêmios que podem ser: estrelinhas no caderno, palavras de apoio, um aceno de mão... Os feedbacks e elogios devem acontecer SEMPRE E IMEDIATAMENTE após o aluno conseguir um bom desempenho compatível com o seu tempo e processo de aprendizagem.
3 – NÃO criticar e apontar em hipótese alguma os erros cometidos como falha no desempenho. Alunos com TDAH precisam de suporte, encorajamento, parceria e adaptações. Esses alunos DEVEM ser respeitados. Isto é um direito! A atitude positiva do professor é fator DECISIVO para a melhora do aprendizado.
4 – Na medida do possível, oferecer para o aluno e toda a turma tarefas diferenciadas. Os trabalhos em grupo e a possibilidade do aluno escolher as atividades nas quais quer participar são elementos que despertam o interesse e a motivação. É preciso ter em vista que cada aluno aprende no seu tempo e que as estratégias deverão respeitar a individualidade e especificidade de cada um.
4 – Optar por, sempre que possível, dar aulas com materiais audiovisuais, computadores, vídeos, DVD, e outros materiais diferenciados como revistas, jornais, livros, etc. A diversidade de materiais pedagógicos aumenta consideravelmente o interesse do aluno nas aulas e, portanto, melhora a atenção sustentada.
5 – Utilizar a técnica de “aprendizagem ativa” (high response strategies): trabalhos em duplas, respostas orais, possibilidade do aluno gravar as aulas e/ou trazer seus trabalhos gravados em CD ou computador para a escola.
6 – Adaptações ambientais na sala de aula: mudar as mesas e/ou cadeiras para evitar distrações. Não é indicado que alunos com TDAH sentem junto a portas, janelas e nas últimas fileiras da sala de aula. É indicado que esses alunos sentem nas primeiras fileiras, de preferência ao lado do professor para que os elementos distratores do ambiente não prejudiquem a atenção sustentada.

domingo, 10 de novembro de 2013

PARECER DESCRITIVO DO ALUNO

Segundo Hoffmann (2000), registrar significa estabelecer uma relação teórico/prática sobre as vivências, os avanços, as dificuldades, oferecendo subsídios para encaminhamentos, sugestões e possibilidades de intervenção para pais, educadores e para o próprio aluno.
      O registro constante permite uma observação mais fundamentada sobre os avanços dos alunos, revelando a trajetória da aprendizagem (o que aprenderam, como e o que falta aprender), estabelecendo pontos de chegada para cada período de avaliação.

ANTES DE MAIS NADA, VAMOS LEMBRAR QUE...


·                     Cada aluno é único e diferente. Pareceres iguais pressupõem alunos iguais;
·                     O parecer descritivo deve complementar aquilo que foi registrado na página de habilidades. Portanto, não transcreva-as;
·                     Precisamos ter um olhar inter e transdisciplinar. Portanto, vale abranger todos os campos do saber que de alguma forma se sobressaem no aluno. Mas não deixe de registrar especialmente, a Língua Portuguesa e a Matemática;
·                     Lembre-se que o parecer descritivo é um documento que será utilizado na confecção do histórico escolar do aluno. Portanto, cuidado com as expressões pejorativas, julgamentos ou ambiguidades;
·                     Principalmente para os alunos do Ciclo I de aprendizagem, registrar o nível de escrita.


DESAFIOS DO PROFESSOR

·                     Prestar atenção em todos os alunos e em cada aluno;
·                     Reunir o máximo de informações possíveis sobre o aluno, tanto no contexto individual quanto nas suas relações com o meio;
·                      Considerar os instrumentos de avaliação;
·                      Priorizar as produções;
·                      Explicitar o desenvolvimento do aluno, considerando os aspectos sociais, cognitivos e psicomotores;
·                      Priorizar os aspectos cognitivos e comportamentais;
·                      Vincular o parecer à proposta pedagógica, aos planos de estudo e aos planos de trabalho;
·                      Indicar estratégias para a superação das dificuldades;
·                      Apontar à participação, a interação, a colaboração;
·                      Refletir profundamente sobre a ação educativa;
·                      Despir-se de concepções sócio afetivas e emocionais sem desumanizar-se.


“A escrita – representação da fala, re-apresenta o que nossa consciência pedagógica se deflagra”.  (Freire, M. 1989, p.5).


PONTOS DE ATENÇÃO

·                     Registros de avaliação exigem exercício do professor:
·                      de prestar atenção nas manifestações dos alunos (orais e escritas);
·                      de descrever e refletir teoricamente sobre tais manifestações;
·                      de partir para ações ou encaminhamentos ao invés de permanecer nas constatações.


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Como ajudar os professores a elaborar os relatórios de avaliação de aprendizagem

 | Educação Infantil - Leninha Ruiz
Planejar como será o processo de elaboração dos relatórios de avaliação de aprendizagem é o caminho ideal

Elaborar um documento que mostre o percurso de aprendizagem de cada um dos alunos é compromisso da escola e dos professores. Na Educação Infantil, fazer pareceres descritivos é a forma mais apropriada para avaliar as crianças, porque eles possibilitam particularizar cada pequeno e destacar as intervenções que foram efetuadas para que eles ampliassem seus saberes.
A tarefa de fazer esse registro não é nada fácil, mas é preciso que o professor o faça da melhor forma possível. Os registros precisam ser fiéis (retratando o percurso de cada criança), bem escritos e claros o suficiente para que os interlocutores (familiares, outros professores e profissionais) compreendam.
Para que esse trabalho seja bem sucedido, o coordenador pedagógico tem que ser o parceiro mais experiente de seu grupo de professores, auxiliando-os na elaboração dos relatórios. Abaixo, elenquei para vocês algumas das principais orientações que podemos dar aos professores, tendo sempre em mente que planejar como será o processo de elaboração desses documentos é o caminho ideal!
Como orientar e ajudar os professores?
  1. Período: é importante definir claramente de quando a quando esse relatório vai abranger. Ele pode ser semestral, trimestral ou até bimestral. É necessário que a escola já tenha definido a periodicidade das avaliações para que cada relatório abranja o mesmo período que o anterior. Por ser final de ano, é comum alguns professores fazerem comparações com o começo do ano, mas esse período foi contemplado nos relatórios anteriores, a menos que a criança tenha ingressado na escola em outro período.
  2. Registros: é necessário separar os materiais que servirão de apoio para resgatar os processos de aprendizagem. Entre eles, estão os planejamentos, nos quais descrevemos as expectativas de aprendizagem, as pautas de observação, as anotações do professor, e as produções das crianças. A memória não daria conta de preservar o percurso particular de cada pequeno, portanto, ter todos esses documentos organizados é o que vai assegurar um relatório bem elaborado.
  3. Roteiro do relatório: facilitará muito o trabalho do professor se, antes de começar a escrever, ele tiver elaborado um roteiro para direcionar seu trabalho. Isso porque acontecem muitas situações didáticas ao longo do período analisado e seria impossível abordar tudo. Por isso, elencar os itens que precisam ser priorizados, como os principais objetivos e/ou conteúdos de cada eixo de conhecimento, além do foco da abordagem no relatório, é uma boa maneira de manter a organização. Separei para vocês um exemplo de roteiro que ajudei os professores de uma escola em que faço assessoria a elaborarem (cliqueaqui para vê-lo). Quando esse roteiro é feito coletivamente pelos professores que atuam no mesmo nível, ocorre uma contribuição entre eles, o que potencializa o foco bem definido para a escrita dos relatórios.
  4. Revisão dos Relatórios: Depois de iniciada a escrita dos relatórios, o papel do coordenador pedagógico é ajudar o professor na revisão do texto (sim, toda escrita precisa ser revisada!) e, ao mesmo tempo, respeitar o estilo de escrita de cada um. Não vale deixar passar informações equivocadas, erros de gramática ou trechos idênticos a respeito de crianças diferentes. Quando isso acontece, não é nada legal riscar ou marcar de vermelho como se fazia antigamente! É preciso mostrar para o docente porque o trecho precisa ser reescrito e o que e como ele pode fazer diferente.
Ajudar o professor a enxergar e melhorar seus relatórios é altamente formativo e, sem dúvida, um desafio e tanto para o coordenador! Uma sugestão que dou para vocês é revisar alguns relatórios, uns três ou quatro, com cada professor e orientar que ele siga revisando os demais, de preferência alguns dias depois que o produziu. Assim, ele consegue se distanciar da escrita original e fazer uma boa revisão.
E na sua escola, a escrita dos relatórios já começou? Você tem auxiliado os professores ao mesmo tempo em que respeita a autoria da escrita?

Fonte: Revista Nova EScola/ http://gestaoescolar.abril.com.br