domingo, 25 de setembro de 2011

A Influência da família no rendimento escolar do indivíduo

O extenso histórico da família brasileira veio atravessando muitas transformações importantes que estão inclusas no contexto sócio-político-econômico do país. Os casamentos tinham interesses econômicos e que as mulheres eram apenas reprodutoras. Os filhos, considerados extensão do patrimônio do patriarca, ao nascer dificilmente experimentavam o sabor do aconchego e da proteção materna, pois eram amamentados e cuidados pelas amas de leite.
No período de vinte anos, várias mudanças aconteceram no nível sócio-político-econômico ligadas ao processo de globalização da economia capitalista, que vem interferindo na dinâmica da estrutura familiar, como a conhecemos, e possibilitando mudanças em seu padrão tradicional de organização.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Prática pedagógica: Como avaliar as aprendizagens dos alunos com deficiência?


Como avaliar as aprendizagens dos alunos com deficiência?
As atividades desenvolvidas pelos estudantes com deficiência intelectual em sala de aula podem ser adaptadas, desde que o currículo tenha sido adequado, conforme orientam os Parâmetros Curriculares Nacionais.

A avaliação deve ser feita de acordo com as potencialidades e os conhecimentos adquiridos pelo aluno. Mais do que conhecer suas competências, é necessário que o professor saiba como ele deve ser avaliado em todas as áreas, assim como acontece com as outras crianças.
Dessa forma, é possível descobrir quais são suas habilidades e dificuldades e definir se os instrumentos que usados estão de acordo com as respostas que o aluno pode dar.

Não esqueça de considerar as aquisições do aluno e o quanto ele conseguiu avançar nas disciplinas: verifique como ele lida com cálculos, desenho e escrita, por exemplo. A produção escolar, cadernos e exercícios também devem ser levados em conta.
Fonte: Revista Nova Escola agosto-2011

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Estratégias na sala de aula para crianças com problemas de atenção


* Sentar a criança numa área silenciosa.

* Sentar a criança perto de alguém que seja um bom modelo a seguir.

* Sentar a criança próxima de um colega que possa apoiá-la na aprendizagem.

* Orientar a atenção da criança na tarefa que será iniciada. É importante ajudá-la a descobrir e selecionar a informação mais importante, organizá-la e sistematizá-la.

* É necessário dar a ela regras consistentes sobre o que deve fazer; as instruções devem ser parceladas.Em alguns casos é conveniente enumerar as instruções para que seja mais fácil para segui-las.

* As rotinas de trabalho devem ser claras.

* Não é conveniente fazer atividades com limites de tempo. Isto pode favorecer condutas impulsivas.

* Permitir um tempo extra para completar seus trabalhos.

* Encurtar períodos de trabalho de modo a coincidirem com os seus períodos de atenção.

* Dividir os trabalhos que lhes sejam dados em partes menores do modo que elas possam completá-lo.

* Dar assistência à criança para que ela se coloque metas a curto prazo.

* Entregar os trabalhos um de cada vez.

* Exigir delas menos respostas corretas que do restante da turma.

* Reduzir a quantidade de deveres de casa.

* Dar instruções tanto orais com escritas.

* Dar instruções claras e concisas.

* Tentar envolver a criança na apresentação dos temas.

* Estabelecer sinais secretos entre a criança e o professor para poder fazê-lo notar quando está começando a se distrair.

* É importante que estas crianças estejam em ambientes de trabalho motivantes, com tarefas que sejam significativas para elas.

fonte: livro Dificuldades de Aprendizagem da editora Grupo Cultural


http://letrinhasecompanhia.blogspot.com

domingo, 19 de junho de 2011

MARIA TERESA MANTOAN DIZ:"Estar junto é se aglomerar com pessoas que não conhecemos. Inclusão é estar com, é interagir com o outro"


O que é inclusão?
É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro.

ROTEIRO PARA PLANO DE AEE


A. Dados de identificação

Nome do aluno:_____________________________________________
Idade:______ Série:___________Turma:_______Turno:________
Escola:________________________________
Professor do ensino regular:________________________________________
Professor do AEE:________________________________________________

B. Plano de AEE

São as ações desenvolvidas para atender as necessidades do aluno. São específicas do AEE para que o aluno possa ter acesso ao ambiente e a conhecimentos escolares de forma a garantir com autonomia o acesso, a permanência e a participação dele na escola.

1. Objetivos do plano:


2. Organização do atendimento:
• Período de atendimento: de (mês) ... a (mês) ...
• Freqüência (número de vezes por semana para atendimento ao aluno):
• Tempo de atendimento (em horas ou minutos):
• Composição do atendimento: ( ) individual ( ) coletivo
• Outros:

ROTEIRO PARA ESTUDO DE CASO


As questões abaixo têm por objetivo orientar o professor do AEE para propor um caso. Trata-se de um roteiro e, portanto, o professor irá utilizá-lo sem a preocupação de responder pontualmente às perguntas e nem mesmo limitar-se a elas.
A proposição do caso não deverá abordar apenas a queixa da professora e o tipo de deficiência do aluno, ou dados clínicos a seu respeito. Ele deverá conhecer e descrever o contexto educacional ao qual está inserido o aluno, abordando suas dificuldades, habilidades, desejos, preferências, entre outras questões relacionadas ao seu cotidiano escolar.
A coleta de dados para a descrição do caso pode ser feita por meio de observações diretas, entrevistas, gravações, avaliação escrita, análise de documentos, pareceres pedagógicos e clínicos, entre outros. Esse material também é importante para a 2ª. Etapa do estudo de caso: análise e clarificação do problema.
O roteiro não deve ser respondido como um questionário.

A) Informações referentes ao aluno: idade, série, escolaridade, tipo de deficiência, outros.

B) Informações coletados do/sobre o aluno:
• O aluno gosta da escola?
• Tem amigos?
• Tem um colega predileto?
• Quais as atividades que ele gosta mais de fazer?
• Para ele, que tarefas são mais difíceis? Por quê?
• O aluno é capaz de expressar suas necessidades, desejos e interesses? De que maneira?
• O aluno costuma pedir ajuda aos professores? Por quê? Qual é a opinião do aluno sobre seus professores?
• Por que ele acha importante vir à escola e estudar nela?
• Está satisfeito com os apoios (material pedagógico especializado, equipamentos, informática acessível, intérprete, outros atendimentos) que dispõe no momento? Desejaria ter outros? Quais?

C) Informações coletas da/sobre a escola:
• O aluno participa de todas as atividades e interage em todos os espaços da escola? Como? Se não participa, por quê?
• Das atividades propostas para a turma, quais ele realiza com facilidade e quais ele não realiza ou realiza com dificuldades? Por quê?
• Como é a participação do aluno nas atividades propostas à sua turma? Participa das atividades integralmente, parcialmente ou não participa?
• Quais são as necessidades específicas do aluno, decorrentes da deficiência? Quais são as barreiras impostas pelo ambiente escolar?
• Que tipo de atendimento educacional e/ou clínico o aluno já recebe e quais são os profissionais envolvidos?
• O que os professores pensam sobre interesses e expectativas do aluno em relação à sua formação escolar?
• Como é esse aluno do ponto de vista social, afetivo, cognitivo, motor, familiar e outros?
• Qual a avaliação que o professor de sala de aula faz sobre o desempenho escolar desse aluno?
• Quais as preocupações apontadas pelo professor de sala de aula e quais os apoios que ele sugere para que o aluno atinja os objetivos educacionais traçados para sua turma?
• Como a comunidade escolar percebe a interação do aluno com seus colegas de turma?
• Quais as expectativas escolares do professor em relação a esse aluno?
• Quais são as principais habilidades e potencialidades do aluno, segundo os professores?
• Qual é o motivo que levou o professor de sala de aula solicitar os serviços do AEE para esse aluno?
• A escola dispõe de recursos de acessibilidade para o aluno, tais como: mobiliário, materiais pedagógicos, informática acessível, outros? Quais os recursos humanos e materiais de que a escola não dispõe e que são necessários para esse aluno?
• Quem avaliou os recursos utilizados por esse aluno? Eles atendem às suas necessidades?
• Como é o envolvimento afetivo, social da turma com o aluno?
• Qual é a opinião da escola (equipe pedagógica, diretor, professores, colegas de turma) sobre seu desenvolvimento escolar?

D) Informações coletadas da/sobre a família:
• Qual é a opinião da família sobre a vida escolar do aluno?
• A família se envolve com a escola? Participa de reuniões, de comemorações entre outras atividades da escola?
• Tem consciência dos direitos de seu filho à educação inclusiva? Exige a garantia de seus direitos?
• A família identifica habilidades, necessidades e dificuldades na vida pessoal e escolar do aluno? Quais?
• Quais as expectativas da família com relação ao desenvolvimento e escolarização de seu filho?


Curso de Formação Continuada de Professores para o AEE
UFC / SEESP / UAB / MEC

O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO PARA O ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

O trabalho do professor de atendimento educacional especializado voltado para o aluno com deficiência intelectual se caracteriza essencialmente pela realização de ações específicas sobre os mecanismos de aprendizagem e desenvolvimento desses alunos.
O professor do atendimento educacional especializado deve propor atividades que contribuam para a aprendizagem de conceitos, além de propor situações vivenciais que possibilitem esse aluno organizar o seu pensamento.
Esse atendimento deve se fundamentar em situações-problema, que exijam que o aluno utilize seu raciocínio para a resolução de um determinado problema.

domingo, 29 de maio de 2011

24 RESPOSTAS PARA AS PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE INCLUSÃO.


As soluções para os dilemas que o gestor enfrenta ao receber alunos com deficiência

Um desenho feito com uma só cor tem muito valor e significado, mas não há como negar que a introdução de matizes e tonalidades amplia o conteúdo e a riqueza visual. Foi a favor da diversidade e pensando no direito de todos de aprender que a Lei nº 7.853 (que obriga todas as escolas a aceitar matrículas de alunos com deficiência e transforma em crime a recusa a esse direito) foi aprovada em 1989 e regulamentada em 1999. Graças a isso, o número de crianças e jovens com deficiência nas salas de aula regulares não para de crescer: em 2001, eram 81 mil; em 2002, 110 mil; e 2009, mais de 386 mil - aí incluídas as deficiências, o Transtorno Global do Desenvolvimento e as altas habilidades.

Hoje, boa parte das escolas tem estudantes assim. Mas você tem certeza de que oferece um atendimento adequado e promove o desenvolvimento deles? Muitos gestores ainda não sabem como atender às demandas específicas e, apesar de acolher essas crianças e jovens, ainda têm dúvidas em relação à eficácia da inclusão, ao trabalho de convencimento dos pais (de alunos com e sem deficiência) e da equipe, à adaptação do espaço e dos materiais pedagógicos e aos procedimentos administrativos necessários.

Para quebrar antigos paradigmas e incluir de verdade, todo diretor tem um papel central. Afinal, é da gestão escolar que partem as decisões sobre a formação dos professores, as mudanças estruturais e as relações com a comunidade. Nesta reportagem, você encontra respostas para as 24 dúvidas mais importantes sobre a inclusão, divididas em seis blocos.

sábado, 14 de maio de 2011

Os Desafios da Inclusão Escolar no Cotidiano da Escola Regular

"Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e planejado, bem como desenvolver políticas claras de que demanda um processo complexo e, sobretudo, fundamental no espaço educacional"
Janilcélia de Fátima Neves
O presente artigo aborda o cotidiano de uma escola regular da rede municipal de ensino que desenvolve o processo de inclusão, implementado a partir da matrícula de uma criança com síndrome de Down. A partir do relato do dia a dia e dos procedimentos vivenciados, apresenta uma análise do processo de planejamento das aulas, avaliação, currículo e do projeto pedagógico existente, bem como das crenças e resistências dos profissionais envolvidos. A escuta desse cotidiano permitiu a constatação da necessidade de discussão do verdadeiro significado da inclusão em sua dimensão teórica e prática. Indica, também, que a construção de uma efetiva Escola Inclusiva precisa acontecer a partir de transformações nos diferentes segmentos analisados, garantindo um processo de qualidade para todas as crianças.
Introdução
A escola regular como espaço educacional de todos vem a cada dia sendo mais questionada pelas suas práticas cotidianas. A discussão sobre a inclusão de todos neste ambiente, tem, recentemente, exigido propostas político pedagógicas inovadoras que estimulem as diferenças individuais e assegurem oportunidades iguais aos alunos. Sobretudo, a resistência à mudança de paradigma tem levado essa ambiência a selecionar uma parcela da população que se adapte bem às demandas que esse modelo educacional determina.

Através desse ponto de vista foi lançada a tarefa de pesquisar a escola regular de todos, na intenção de observar e refletir se este espaço proporciona a igualdade de oportunidades e respeita as diferenças no seu interior.
Para tanto, o cenário escolhido para realizar este trabalho de investigação foi uma escola da rede regular de ensino da rede municipal da cidade de Arcos, durante o período de novembro de 2003 a abril de 2004. A escolha dessa escola ocorreu pelo fato da mesma ter implementado um projeto de inclusão a partir da matrícula de uma criança com deficiência.
Para realizar a pesquisa ficou traçado como objetivo principal, analisar a escola regular nas instâncias da elaboração do projeto político pedagógico, do desenvolvimento da prática pedagógica, do currículo, da avaliação e das crenças e resistências dos profissionais da escola e como estava desenvolvendo seu trabalho de inclusão de todos.
A metodologia desse trabalho se baseou numa pesquisa de natureza qualitativa, onde foram realizadas observações diretas na escola e na sala de aula de educação infantil onde se encontrava matriculada uma criança com síndrome de Down. Nesse contexto, também, foram realizadas as entrevistas semi-estruturadas com a diretora, a supervisora pedagógica e a professora da referida classe. Na oportunidade, foi feita uma análise do projeto político pedagógico da escola para uma leitura detalhada de seus elementos constitutivos.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Relatório de alunos que apresentaram dificuldade no processo de ensino aprendizagem


ALUNOS QUE APRESENTARAM MAIOR DIFICULDADE NO PROCESSO ENSINO APPRENDIZAGEM NO 2° BIMESTRE
Os casos que mais me preocupa são do Xxxxxxxx, do Xxxxxxxx e da xxxxxxx.

A xxxxxxx teve muitos avanços e já está na fase de escrita silábica alfabética (na lista de palavras), porém, ainda demonstra muita insegurança necessitando de muito auxílio individual e intervenções. Percebo que a mesma não recebe orientações em casa, dessa forma, tento me desdobrar para auxiliá-la e também motivá-a. É uma criança carente e meiga. Seu desejo é ser aceita, é receber elogios. Os elogios tornam-se alavancas para que busque novas aprendizagens. Estou trabalhando sua auto estima e confiança. Vejo a cada dia novos progressos, mas muito caminho ainda há para trilhar.

O Xxxxxxxx está no nível de escrita silábico com valor em transição para o silábico alfabético. Suas dificuldades de relacionamento e adaptação aliadas às faltas consecutivas dificultaram o processo ensino aprendizagem. Após chamarmos a mãe para conversar e conscientizar sobre a necessidade da assiduidade, o aluno tem faltado menos às aulas. Notei também que esse tem dificuldades de visão, já fez o exame e estamos aguardando as lentes. Mudei o aluno para uma carteira de frente e vi que sua concentração nas atividades aumentou. Esse tripé: visão-faltas-adaptação geraram muitas dificuldades. Foi difícil detectar cada uma das causas (fora as faltas que eram evidentes) mas, agora que já conhecemos parte dos problemas ficará mais fácil ajudá-lo.

O caso do Xxxxxxxx é o mais preocupante. Ele é franzino, muito pequeno e imaturo. Não consegue se manter concentrado por muito tempo e tem muita dificuldade de memorização.

Conhece e nomeia as vogais, mas não conhece a maioria das consoantes nem os numerais. Além dos problemas de aprendizagem ele tem muitos problemas familiares. Ele vive somente com o pai, a mãe os abandonou. É apenas o pai e ele. O pai não tem tempo suficiente para zelar pelo seu material, para orientá-lo e para auxiliá-lo nos estudos extra-classe. O pai tem muita dificuldade de entender o que tentamos lhe passar. É difícil falar com o mesmo sobre o filho, ele sempre diz não ter tempo ou diz que vai estacionar o carro e logo volta, porém não retorna.

Ele perde todo material que lhe damos ou emprestamos e os materiais de apoio que faço para que consiga desenvolver as atividades. Isso dificulta ainda mais o trabalho.

Tenho realizado trabalho de recuperação contínua com esses alunos e com outros que ainda apresentam dificuldade. Com esses três que citei o trabalho é mais intensivo e sistemático. Trabalho com o Xxxxxxxx e a xxxxxxx em dupla produtiva, o Xxxxxxxx é um trabalho mais individualizado. Uma vez por semana dedico uma aula para os três.

Durante esse tempo desenvolvo a consciência fonológica mediante jogos e escrita de palavras. Dou atenção exclusivamente para eles. Durante a semana vou trabalhando com um ou outro durante o desenvolvimento das atividades. Busco lançar desafios, fazer com que reflitam sobre a fala e a escrita, sobre a relação falado/escrito. Faço intervenções e interferências buscando auxiliá-los.

Sonia Ubeda
Professora Alfabetizadora
Moderadora
Fonte site: http://professoressolidarios.blogspot.com/search/label/Relat%C3%B3rio%20de%20aluno