quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Algumas técnicas para melhorar a atenção e memória sustentadas

Algumas técnicas para melhorar a atenção e memória sustentadas


1 – Quando o professor der alguma instrução, pedir ao aluno para repetir as instruções ou compartilhar com um amigo antes de começar as tarefas.
2 – Quando o aluno desempenhar a tarefa solicitada ofereça sempre um feedback positivo (reforço) através de pequenos elogios e prêmios que podem ser: estrelinhas no caderno, palavras de apoio, um aceno de mão... Os feedbacks e elogios devem acontecer SEMPRE E IMEDIATAMENTE após o aluno conseguir um bom desempenho compatível com o seu tempo e processo de aprendizagem.
3 – NÃO criticar e apontar em hipótese alguma os erros cometidos como falha no desempenho. Alunos com TDAH precisam de suporte, encorajamento, parceria e adaptações. Esses alunos DEVEM ser respeitados. Isto é um direito! A atitude positiva do professor é fator DECISIVO para a melhora do aprendizado.
4 – Na medida do possível, oferecer para o aluno e toda a turma tarefas diferenciadas. Os trabalhos em grupo e a possibilidade do aluno escolher as atividades nas quais quer participar são elementos que despertam o interesse e a motivação. É preciso ter em vista que cada aluno aprende no seu tempo e que as estratégias deverão respeitar a individualidade e especificidade de cada um.
4 – Optar por, sempre que possível, dar aulas com materiais audiovisuais, computadores, vídeos, DVD, e outros materiais diferenciados como revistas, jornais, livros, etc. A diversidade de materiais pedagógicos aumenta consideravelmente o interesse do aluno nas aulas e, portanto, melhora a atenção sustentada.
5 – Utilizar a técnica de “aprendizagem ativa” (high response strategies): trabalhos em duplas, respostas orais, possibilidade do aluno gravar as aulas e/ou trazer seus trabalhos gravados em CD ou computador para a escola.
6 – Adaptações ambientais na sala de aula: mudar as mesas e/ou cadeiras para evitar distrações. Não é indicado que alunos com TDAH sentem junto a portas, janelas e nas últimas fileiras da sala de aula. É indicado que esses alunos sentem nas primeiras fileiras, de preferência ao lado do professor para que os elementos distratores do ambiente não prejudiquem a atenção sustentada.

domingo, 10 de novembro de 2013

PARECER DESCRITIVO DO ALUNO

Segundo Hoffmann (2000), registrar significa estabelecer uma relação teórico/prática sobre as vivências, os avanços, as dificuldades, oferecendo subsídios para encaminhamentos, sugestões e possibilidades de intervenção para pais, educadores e para o próprio aluno.
      O registro constante permite uma observação mais fundamentada sobre os avanços dos alunos, revelando a trajetória da aprendizagem (o que aprenderam, como e o que falta aprender), estabelecendo pontos de chegada para cada período de avaliação.

ANTES DE MAIS NADA, VAMOS LEMBRAR QUE...


·                     Cada aluno é único e diferente. Pareceres iguais pressupõem alunos iguais;
·                     O parecer descritivo deve complementar aquilo que foi registrado na página de habilidades. Portanto, não transcreva-as;
·                     Precisamos ter um olhar inter e transdisciplinar. Portanto, vale abranger todos os campos do saber que de alguma forma se sobressaem no aluno. Mas não deixe de registrar especialmente, a Língua Portuguesa e a Matemática;
·                     Lembre-se que o parecer descritivo é um documento que será utilizado na confecção do histórico escolar do aluno. Portanto, cuidado com as expressões pejorativas, julgamentos ou ambiguidades;
·                     Principalmente para os alunos do Ciclo I de aprendizagem, registrar o nível de escrita.


DESAFIOS DO PROFESSOR

·                     Prestar atenção em todos os alunos e em cada aluno;
·                     Reunir o máximo de informações possíveis sobre o aluno, tanto no contexto individual quanto nas suas relações com o meio;
·                      Considerar os instrumentos de avaliação;
·                      Priorizar as produções;
·                      Explicitar o desenvolvimento do aluno, considerando os aspectos sociais, cognitivos e psicomotores;
·                      Priorizar os aspectos cognitivos e comportamentais;
·                      Vincular o parecer à proposta pedagógica, aos planos de estudo e aos planos de trabalho;
·                      Indicar estratégias para a superação das dificuldades;
·                      Apontar à participação, a interação, a colaboração;
·                      Refletir profundamente sobre a ação educativa;
·                      Despir-se de concepções sócio afetivas e emocionais sem desumanizar-se.


“A escrita – representação da fala, re-apresenta o que nossa consciência pedagógica se deflagra”.  (Freire, M. 1989, p.5).


PONTOS DE ATENÇÃO

·                     Registros de avaliação exigem exercício do professor:
·                      de prestar atenção nas manifestações dos alunos (orais e escritas);
·                      de descrever e refletir teoricamente sobre tais manifestações;
·                      de partir para ações ou encaminhamentos ao invés de permanecer nas constatações.


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Como ajudar os professores a elaborar os relatórios de avaliação de aprendizagem

 | Educação Infantil - Leninha Ruiz
Planejar como será o processo de elaboração dos relatórios de avaliação de aprendizagem é o caminho ideal

Elaborar um documento que mostre o percurso de aprendizagem de cada um dos alunos é compromisso da escola e dos professores. Na Educação Infantil, fazer pareceres descritivos é a forma mais apropriada para avaliar as crianças, porque eles possibilitam particularizar cada pequeno e destacar as intervenções que foram efetuadas para que eles ampliassem seus saberes.
A tarefa de fazer esse registro não é nada fácil, mas é preciso que o professor o faça da melhor forma possível. Os registros precisam ser fiéis (retratando o percurso de cada criança), bem escritos e claros o suficiente para que os interlocutores (familiares, outros professores e profissionais) compreendam.
Para que esse trabalho seja bem sucedido, o coordenador pedagógico tem que ser o parceiro mais experiente de seu grupo de professores, auxiliando-os na elaboração dos relatórios. Abaixo, elenquei para vocês algumas das principais orientações que podemos dar aos professores, tendo sempre em mente que planejar como será o processo de elaboração desses documentos é o caminho ideal!
Como orientar e ajudar os professores?
  1. Período: é importante definir claramente de quando a quando esse relatório vai abranger. Ele pode ser semestral, trimestral ou até bimestral. É necessário que a escola já tenha definido a periodicidade das avaliações para que cada relatório abranja o mesmo período que o anterior. Por ser final de ano, é comum alguns professores fazerem comparações com o começo do ano, mas esse período foi contemplado nos relatórios anteriores, a menos que a criança tenha ingressado na escola em outro período.
  2. Registros: é necessário separar os materiais que servirão de apoio para resgatar os processos de aprendizagem. Entre eles, estão os planejamentos, nos quais descrevemos as expectativas de aprendizagem, as pautas de observação, as anotações do professor, e as produções das crianças. A memória não daria conta de preservar o percurso particular de cada pequeno, portanto, ter todos esses documentos organizados é o que vai assegurar um relatório bem elaborado.
  3. Roteiro do relatório: facilitará muito o trabalho do professor se, antes de começar a escrever, ele tiver elaborado um roteiro para direcionar seu trabalho. Isso porque acontecem muitas situações didáticas ao longo do período analisado e seria impossível abordar tudo. Por isso, elencar os itens que precisam ser priorizados, como os principais objetivos e/ou conteúdos de cada eixo de conhecimento, além do foco da abordagem no relatório, é uma boa maneira de manter a organização. Separei para vocês um exemplo de roteiro que ajudei os professores de uma escola em que faço assessoria a elaborarem (cliqueaqui para vê-lo). Quando esse roteiro é feito coletivamente pelos professores que atuam no mesmo nível, ocorre uma contribuição entre eles, o que potencializa o foco bem definido para a escrita dos relatórios.
  4. Revisão dos Relatórios: Depois de iniciada a escrita dos relatórios, o papel do coordenador pedagógico é ajudar o professor na revisão do texto (sim, toda escrita precisa ser revisada!) e, ao mesmo tempo, respeitar o estilo de escrita de cada um. Não vale deixar passar informações equivocadas, erros de gramática ou trechos idênticos a respeito de crianças diferentes. Quando isso acontece, não é nada legal riscar ou marcar de vermelho como se fazia antigamente! É preciso mostrar para o docente porque o trecho precisa ser reescrito e o que e como ele pode fazer diferente.
Ajudar o professor a enxergar e melhorar seus relatórios é altamente formativo e, sem dúvida, um desafio e tanto para o coordenador! Uma sugestão que dou para vocês é revisar alguns relatórios, uns três ou quatro, com cada professor e orientar que ele siga revisando os demais, de preferência alguns dias depois que o produziu. Assim, ele consegue se distanciar da escrita original e fazer uma boa revisão.
E na sua escola, a escrita dos relatórios já começou? Você tem auxiliado os professores ao mesmo tempo em que respeita a autoria da escrita?

Fonte: Revista Nova EScola/ http://gestaoescolar.abril.com.br

sábado, 28 de setembro de 2013



INCLUSÃO, APROVAR OU REPROVAR? QUAIS OS PARÂMETROS...

Um dos grandes conflitos que vêm acompanhando o processo da inclusão escolar de crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEEs), é o da promoção. A criança pode ser aprovada, passar para a série seguinte, sem ter aprendido tudo o que foi ensinado? Ou tudo o que se pretendia que aprendesse? Ela pode ir adiante sem ter atingido aquelas aprendizagens consideradas básicas no percurso acadêmico regular, que vão variar nas diferentes séries, tais como alfabetização e conceitos lógico-matemáticos? Ela pode seguir com uma turma que tem outro nível de funcionamento, que está em outro patamar de aprendizagem? Mantendo o olhar da padronização e da impossível homogeneidade que por muito tempo regeu a escola, ficaria claro que as crianças que não atingissem determinados objetivos, não poderiam ser aprovadas.Porém, o enfoque inclusivo veio modificar esta forma determinista e quantitativa de definir aprendizagens e estabelecer os parâmetros para os avanços. A análise sobre a aprovação ou reprovação de uma criança com Síndrome de Down (ou com qualquer outra dificuldade de aprendizagem ou deficiência) exige uma ótica qualitativa, um levantamento dos progressos do aluno utilizando novos critérios, personalizando ensino e avaliação e empregando parâmetros coerentes com o pensamento inclusivo.

E que critérios são esses? O que pode e deve ser analisado antes de decidir se uma criança passa de ano ou não? Quando falamos de inclusão, nota e rendimento não bastam, é necessário que outros parâmetros entrem em questão (análise esta que deveria ser comum para todas as crianças).

- na aprendizagem: a criança aprendeu alguma coisa? A resposta a esta pergunta tem várias implicações, sendo a mais simples, caso o aluno tenha evoluído pouco ou quase nada durante o ano letivo, a reprovação sumária. Porém, chegar ao final do ano com um aluno que não aprendeu nada e atribuir apenas a ele e a sua síndrome essa responsabilidade, incorre no risco de repetir erros, perpetuar atitudes de exclusão, pois muitas vezes é a abordagem da escola que não surte efeitos positivos sobre a criança. Inclusão e aprendizagem significam que a criança está presente, está participando e está adquirindo conteúdos.

Toda criança pode aprender, toda criança parte de um patamar inicial e atinge outro, cresce e se desenvolve. A socialização, padrões de condutas comportamentais, regras sociais, certamente fazem parte das aquisições de um aluno na escola, mas não podem ser as únicas. A criança precisa aprender, progredir em outras áreas também, como na linguagem, nos aspectos cognitivos, psicomotores e emocionais. Ou seja, ela pode, além dos conteúdos curriculares, mais frequentemente submetidos a avaliações, se desenvolver nos aspectos menos formais do ensino regular, mas que contam muito no crescimento da criança incluída: ela pode aprender a trabalhar em grupo, a respeitar regras, a permanecer em uma atividade por tempo cada vez maior, a reter informações, pode aumentar seu vocabulário, melhorar sua preensão do lápis, ou aprender a esperar sua vez no jogo. Parecem aprendizagens simples que podem passar despercebidas ou pouco valorizadas no âmbito escolar que não tiver sensibilidade suficiente para rever seus critérios de esforço e sucesso. Reter a criança na mesma série, portanto, em nome de um "amadurecimento" ou maior tempo para aprender, sem profundas modificações no que e como lhe foi ensinado e que querem que repita, é atitude irresponsável.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Termos e significados usados na psicopedagogia e áreas afins





O conhecimento de alguns termos é de fundamental importância para profissionais da área de educação e saúde mental. Pensando nisso selecionamos abaixo alguns termos para que possam servir de consulta. Não é nossa intenção explanar sobre cada um deles, mas apresentar apenas um breve significado. Cabe ao profissional buscar outras fontes para se aprofundar sobre causas, sintomas e tratamentos.

Aprendizagem - É o resultado da estimulação do ambiente sobre o indivíduo já maturo, que se expressa diante de uma situação-problema, sob a forma de uma mudança de comportamento em função da experiência.

Agnosia - Etimologicamente, a falta de conhecimento. Impossibilidade de obter informações através dos canais de recepção dos sentidos embora o órgão do sentido não esteja afetado.

Agnosia visual- Compreende a incapacidade de reconhecimento visual de objetos na ausência de disfunções ópticas. Os métodos de neuroimagem permitem a identificação de lesões têmporo-occipitais bilaterais, geralmente de origem isquêmica, determinantes dessa condição. Outros dois tipos particulares de agnosia visual podem ser diferenciados:

alexia: refere-se à perda da capacidade de reconhecimento de palavras escritas. Através dos métodos de neuroimagem pode-se detectar lesões no território de irrigação da artéria cerebral posterior esquerda, com comprometimento parcial do corpo caloso;

prosopagnosia: refere-se à incapacidade de reconhecimento de faces, e seu substrato anatômico reside em lesões occipitais inferiores bilaterais.

Agnosia auditiva- Incapacidade de reconhecimento e distinção de sons na ausência de quaisquer déficits auditivos. A neuroimagem revela lesões na região temporal (córtex auditivo secundário. área 22 e parte da área 21 de Brodmann) no hemisfério cerebral direito.

Afasia - Perda da capacidade de usar ou compreender a linguagem oral. Está usualmente associada com o traumatismo ou anormalidade do sistema nervoso central. Utilizam-se várias classificações tais como afasia expressiva e receptiva, congênita e adquirida.

Afasia de Broca (afasia de expressão, motora ou não fluente)
Caracteriza-se pelo comprometimento de estruturas localizadas nas porções mais anteriores como a porção posterior do giro frontal inferior ou área de Broca. Clinicamente observa-se reduzida produção com frases curtas, agramáticas e amelódicas. A compreensão da linguagem verbal geralmente encontra-se preservada e a capacidade de repetição, comprometida. Os métodos de imagem (TC e RM) revelam lesões ou assimetrias na região frontal posterior e porção anterior da região têmporo-parietal de predomínio à esquerda. Em casos de lesões vasculares, o território comprometido pertence ao ramo superior (rolândico) da artéria cerebral média esquerda.

Afasia de Wernicke (afasia de compreensão, sensorial ou fluente)
As estruturas comprometidas localizam-se nas porções mais posteriores como a porção posterior do giro temporal superior ou ária de Wernicke e o córtex auditivo primário, no giro de Heschl. A compreensão da linguagem verbal e a repetição encontram-se intensamente comprometidas, com fluência verbal preservada e conteúdo anormal com tendência a substituições (parafasias). Os métodos de imagem revelam lesões têmporo-parietais no hemisfério esquerdo, no território de irrigação do ramo inferior da artéria cerebral média ipsolateral.

Afasia global (afasia mista)
Distúrbio significativo dos processos de compreensão e expressão da linguagem. Geralmente associado a hemiparesia direita determinado por extensas lesões nas áreas da linguagem, acometendo o território de irrigação da artéria cerebral média esquerda.

Afasia Progressiva Primária
Essa denominação define uma síndrome degenerativa que cursa com perda gradual da capacidade de linguagem na ausência de demência generalizada. TC e RM revelam assimetria cortical que se traduz por atrofia localizada com alargamento dos sulcos fronto-temporais e da fissura peri-silviana a esquerda com dilatação do corno temporal correspondente, de caráter progressivo em exames sucessivos. Os métodos de Neuroimagem funcional como SPECT e PET apresentam maior sensibilidade, revelando hipoperfusão e hipometabolismo nas áreas afetadas, mesmo na ausência de alterações anatomicamente detectáveis pela TC ou RM.


Agrafia - Impossibilidade de escrever e reproduzir os seus pensamentos por escrito.

Anamnese - Levantamento dos antecedentes de uma doença ou de um paciente, incluindo seu passado desde o parto, nascimento, primeira infância, bem como seus antecedentes hereditários.

Anomia - Impossibilidade de designar ou lembrar-se de palavras ou nome dos objetos.

Anorexia - Perda ou diminuição do apetite.

Anoxia - Diminuição da quantidade de oxigênio existente no sangue.

Apnéia - Paragem voluntária dos movimentos respiratórios: retenção da respiração.

Apraxia - Impossibilidade de resposta motora na realização de movimento com uma finalidade. A pessoa não realiza os movimentos apesar de conhecê-lo e não ter qualquer paralisia. São caracteristicamente determinadas por lesões parietais. Alguns tipos particulares de apraxia incluem:

Apraxia ideomotora
É a inabilidade de realizar atos motores sob comando verbal, embora esses atos sejam facilmente realizados de modo espontâneo. Lesões do fascículo arqueado e da porção anterior do corpo caloso podem ser responsáveis por esse tipo de distúrbio.

Apraxia ideatória- É a incapacidade de realizar certos movimentos seqüênciais na realização de um ato (como o exemplo clássico de tirar um cigarro do maço e acendê-lo). \Embora cada movimento separado seja executado facilmente. A localização precisa das estruturas afetadas nessa disfunção neuropsicológica ainda é incerta.
Apraxia construtiva- É a incapacidade de reproduzir ou copiar um modelo visual apresentado, na ausência de distúrbios visuais, perceptivos ou motores. Lesões parietais localizadas à direita, costumam determinar quadros mais intensos, geralmente associados a negligência dos elementos contralaterais.
Astereognosia - Incapacidade de reconhecimento de objetos pelo tato, na ausência de disfunção sensitiva. Geralmente determinada por lesões envolvendo o giro pós-central contralateral.

Ataxia - Dificuldade de equilíbrio e de coordenação dos movimentos voluntários.

Autismo - Distúrbio emocional da criança caracterizada por incomunicabilidade. A criança fecha-se sobre si mesma e desliga-se do real impedindo de relacionar-se normalmente com as pessoas. Num diagnóstico incorreto pode ser confundido com retardo mental, surdo-mudez, afasia e outras síndromes.

Bulimia - Fome exagerada de causa psicológica.

Catarse - Efeito provocado pela conscientização de uma lembrança fortemente emocional ou traumatizante até então reprimida.

Catatonia - Síndrome complexa em que o indivíduo se mantém numa dada posição ou continua sempre o mesmo gesto sem parar. Persistência de atitudes corporais sem sinais de fadiga.

Cinestesia - Impressão geral resultante de um conjunto de sensações internas caracterizado essencialmente por bem-estar ou mal-estar.

Complemento (Closure) - Capacidade de reconhecer o aspecto global, especialmente quando uma ou mais partes do todo está ausente ou quando a continuidade é interrompida por intervalos.

Consciência fonológica - Denomina-se consciência fonológica a habilidade metalinguística de tomada de consciência das características formais da linguagem. Esta habilidade compreende dois níveis:
1. A consciência de que a língua falada pode ser segmentada em unidades distintas, ou seja, a frase pode ser segmentada em palavras; as palavras, em sílabas e as sílabas, em fonemas.
2. A consciência de que essas mesmas unidades repetem-se em diferentes palavras faladas (rima, por exemplo).

Coordenação viso-motora - É a integração entre os movimentos do corpo (globais e específicos) e a visão.

Desorientação vísuo-espacial - Consiste na perda da habilidade de execução de tarefas visualmente guiadas, na perda da capacidade de interpretação de mapas e de localização na vizinhança ou mesmo dentro de casa. Os aspectos de neuroimagem podem revelar áreas isquêmicas ou de hipoperfusão nas regiões têmporo-occipitais de predomínio à direita.

Disartria - Dificuldade na articulação de palavras devido a disfunções cerebrais.

Discalculia - Dificuldade para a realização de operações matemáticas usualmente ligadas a uma disfunção neurológica, lesão cerebral, deficiência de estruturação espaço-temporal.

Disgrafia - Escrita manual extremamente pobre ou dificuldade de realização dos movimentos motores necessários à escrita. Esta disfunção está muitas vezes ligada a disfunções neurológicas.

Dislalia - É a omissão, substituição, distorção ou acréscimo de sons na palavra falada.

Dislexia - Dificuldade na aprendizagem da leitura, devido a uma imaturidade nos processos auditivos, visuais e tatilcinestésicos responsáveis pela apropriação da linguagem escrita.

Disortografia - Dificuldade na expressão da linguagem escrita, revelada por fraseologia incorretamente construída, normalmente associada a atrasos na compreensão e na expressão da linguagem escrita.

Disgnosia - Perturbação cerebral comportando uma má percepção visual.

Dismetria - Realização de movimentos de forma inadequada e pouco econômica.

Dispnéia - Dificuldade de respirar.

DSM IV - É a classificação dos Transtornos mentais da Associação Americana de Psiquiatria. Descreve as características dos transtornos apresentando critérios diagnósticos. Ver o DSM IV no site psiqueweb: http://gballone.sites.uol.com.br/

Ecolalia - Imitação de palavras ou frases ditas por outra pessoa, sem a compreensão do significado da palavra.

Ecopraxia - Repetição de gestos e praxias.

Enurese - Emissão involuntária de urina.

Esfíncter - Músculo que rodeia um orifício natural. Em psicanálise, na fase anal está ligado ao controle dos esfíncteres.

Espaço-temporal - orientar-se no espaço é ver-se e ver as coisas no espaço em relação a si próprio, é dirigir-se, é avaliar os movimentos e adaptá-los no espaço. É a consciência da relação do corpo com o meio.

Etiologia - Estudo das causas ou origens de uma condição ou doença.

Figura fundo - Capacidade de focar visivelmente ou aditivamente um estímulo, isolando-o perceptivamente do envolvimento que o integra. Ex. identificar alguém numa fotografia do grupo ou identificar o som de um instrumento musical numa melodia.

Gagueira ou tartamudez - distúrbio do fluxo e do ritmo normal da fala que envolve bloqueios, hesitações, prolongamentos e repetições de sons, sílabas, palavras ou frases. É acompanhada rapidamente por tensão muscular, rápido piscar de olhos, irregularidades respiratórias e caretas. Atinge mais homens que mulheres.

Gnosia - Conhecimento, noção e função de um objeto. Segundo Pieron toda a percepção é uma gnosia.

Grafema - Símbolo da linguagem escrita que representa um código oral da linguagem.

Hipercinesia - Movimento e atividade motora constante e excessiva. Também designada por hiperatividade.

Hipocinesia - Ausência de uma quantidade normal de movimentos. Quietude extrema.

Impulsividade - Comportamento caracterizado pela ação de acordo com o impulso, sem medir as conseqüências da ação. Atuação sem equacionar os dados da situação.

Lateralidade - Bem estabelecida - implica conhecimento dos dois lados do corpo e a capacidade de os identificar como direita e esquerda.

Linguagem interior - O processo de interiorizar e organizar as experiências sem ser necessário o uso de símbolos lingüísticos. Ex.: o processo que caracteriza o analfabeto que fala, mas não lê nem escreve.

Linguagem tatibitate - É um distúrbio (e também de fonação) em que se conserva voluntariamente a linguagem infantil. Geralmente tem causa emocional e pode resultar em problemas psicológicos para a criança.

Maturação - É o desenvolvimento das estruturas corporais, neurológicas e orgânicas. Abrange padrões de comportamento resultantes da atuação de algum mecanismo interno.

Memória - Capacidade de reter ou armazenar experiências anteriores. Também designada como "imagem" ou "lembrança".

Memória cinestésica - É a capacidade da criança reter os movimentos motores necessários à realização gráfica. À medida que a criança entra em contato com o universo simbólico (leitura e escrita) vão ficando retidos em sua memória os diferentes movimentos necessários para o traçado gráfico das letras.

Morfema - É a menor unidade gramatical. Na palavra infelicidade encontramos três elementos menores cada um chamado de morfema: in (prefixo), felic (radical), idade (sufixo). Os morfemas são utilizados para construir outras palavras: o prefixo in é utilizado em outras palavras como invariável, invejável, inviável, por exemplo.

Mudez - É a incapacidade de articular palavras, geralmente decorrente de transtornos do sistema nervoso central, atingindo a formulação e a coordenação das idéias e impedindo a sua transmissão em forma de comunicação verbal. Em boa parte dos casos o mutismo decorre de problemas na audição. Os fatores emocionais e psicológicos também estão presentes em algumas formas de mudez. Na mudez eletiva a criança fica muda com determinadas pessoas ou em determinadas situações e em outras não.

Paratonia - É a persistência de uma certa rigidez muscular, que pode aparecer nas quatro extremidades do corpo ou somente em duas. Quando a criamnça caminha ou corre, os braços e as pernas se movimentam mal e rigidamente.

Percepção - processo de organização e interpretação dos dados que são obtidos através dos sentido.

a) Percepção da posição - do tamanho e do movimento de um objeto em relação ao observador.

b) Percepção das relações espaciais - das posições a dois ou mais objetos.

c) Consistência perceptiva - capacidade de precisão perceptiva das propriedade invariantes dos objetos como, por exemplo: forma, posição, tamanho etc.

d) Desordem perceptiva - Distúrbio na conscientização dos objetos, suas relações ou qualidade envolvendo a interpretação da estimulação sensorial.

e) Deficiência perceptiva - Distúrbio na aprendizagem, devido a um distúrbio na percepção dos estímulos sensoriais.

f) Perceptivo-motor - Interação dos vários canais da percepção como da atividade motora. Os canais perceptivos incluem: o visual, o auditivo, o olfativo e o cinestésico.

g) Percepção visual - Identificação, organização e interpretação dos dados sensoriais captados pela visão.

h) Percepção social - Capacidade de interpretação de estímulos do envolvimento social e de relacionar tais interpretações com a situação social.

Preservação - Tendência de continuar uma atividade ininterruptamente; manifesta-se pela incapacidade de modificar, de parar ou de inibir uma dada atividade, mesmo depois do estímulo causador ter sido suprimido.

Problemas de aprendizagem - São situações difíceis enfrentadas pela criança com um desvio do quadro normal mas com expectativa de aprendizagem a longo prazo (alunos multirrepetentes).

Praxia - Movimento intencional, organizado, tendo em vista a obtenção de um fim ou de um resultado determinado.

Rinolalia - Caracteriza-se por uma ressonância nasal maior ou menor que a do padrão correto da fala. Pode ser causada por problemas nas vias nasais, vegetação adenóide, lábio leporino ou fissura palatina.

Ritmo - Habilidade importante, pois dá à criança a noção de duração e sucessão, no que diz respeito à percepção dos sons no tempo. A falta de habilidade rítmica pode causar uma leitura lenta, silabada, com pontuação e entonação inadequadas.

Sincinesia - É a participação de músculos em movimentos aos quais eles não são necessários. Ex.: coloca-se um objeto numa mão da criança e pede-se que ela aperte, a outra mão também se fechará ao mesmo tempo. Ficar sobre um só pé, para ela é impossível. Há descontinuidade nos gestos, imprecisão de movimentos nos braços e pernas, os movimentos finos dos dedos não são realizados e, num dado ritmo, não podem ser reproduzidos através de atos coordenados, nem por imitação.

Sintaxe - Parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso , bem como a relação lógica das frases entre si e a correta construção gramatical ; construção gramatical (Dicionário Aurélio)

Sinergia - Atuação coordenada ou harmoniosa de sistemas ou de estruturas neurológicas de comportamento.

Somestésico - Relativo à sensibilidade do corpo.

Fonte:http://psicopedagogiabrasil.com.br/termos_psicopedagogia.htm